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O Comércio de Baião

2025/02/13

LILIANA GEADA DE VOLTA A MUERIA-MOÇAMBIQUE EM MISSÃO DE VOLUNTARIADO

Destaque

Liliana Geada, foi uma das voluntárias que no ano transato foi em Missão a Mueria, Moçambique, com um grupo de Baionenses, entre os quais o padre Mário João, grande impulsionador da ida destas pessoas até terras de África.

Este ano conforme a Liliana nos revelou “a certeza da chamada não deixa dúvidas no meu coração. Deus tem uma obra específica para mim no campo missionário em Moçambique, e eu vou”.

“Aquela gente precisa mesmo de ajuda, sem dúvida nenhuma. É uma realidade diferente da nossa, não quer dizer que seja melhor ou pior”, afirmou a voluntária.

Vai assim partir na próxima terça-feira, dia 18 de fevereiro e voltará apenas a 23 de junho de 2025, totalizando uma estadia de126 dias, contagem esta que nos respondeu de imediato. Lá, vai aguardar a chegada de mais seis elementos, que a irão acompanhar no mesmo período de tempo do ano passado, três semanas, sendo que já está estabelecido que vão tentar passar por lá, todos os anos, um grupo de sete.

Interrogada se é para dar continuidade à sua primeira ida lá, no ano transato, respondeu “exatamente, foi o ano passado, de 11 de abril a 4 de maio, inserida no projeto “Por ti”, desenvolvido pela paróquia de Campelo. Temos dois projetos, o “Por ti Baião” e o “Por ti Mueria”.

Como noticiamos na altura, isto partiu de um desafio lançado pelo Padre Mário João, que esteve por terras de Moçambique, durante três anos e meio, sensivelmente “aqui na nossa paróquia lançou o desafio que alguns de nós abraçarmos e partimos o ano passado e ficou a paixão. O projeto missionário é sempre, mais do que uma ida, é um chamamento e somos chamados por Deus e sentimos que é este o nosso propósito. Qualquer um que se dispõe a ir, sente-se tocado e sente que isto é um propósito e faz muito sentido e trazemos de lá muito mais do que aquilo que levamos. Nós não vimos de lá pessoas melhores nem piores, vimos de lá pessoas diferentes e com uma realidade diferente e com uma visão diferente da vida”, referiu Liliana Geada.

Esta baionense esclareceu que “o grupo “Por-ti” tem como primeira necessidade a formação e o ensino em Moçambique, porque acreditamos que se nós capacitarmos as pessoas, elas possam dar continuidade aos projetos e possam crescer e desenvolver. Esta formação e esta educação que nós pretendemos levar e fazer crescer em Mueria, dedica-se essencialmente às mulheres que são muitas vezes esquecidas e postas de parte e encaradas como reprodutoras e como trabalhadoras da família e não como alguém que possa ter o direito de estudar”.

Disse-nos ainda, que o Padre Mário João, vai acompanhar o grupo de seis que irá lá ter e que integrará duas colegas que foram o ano passado e, mais três elementos novos este ano.

“É sinal que todos querem contribuir e fazer crescer. E se pudermos todos os anos levar algo diferente e construir algo diferente, levar mais ideias e mais pessoas é sempre bom”, realçou Liliana Geada.

Relativamente à experiência colhida naquele território, esta voluntária explicou “estivemos mais dedicados às comunidades. Éramos divididos em grupos de dois e saímos para as comunidades acompanhadas sempre por um padre. O Padre Mário acompanhava um grupo de dois e os outros dois grupos eram acompanhados pelos padres da missão lá em Mueria. Conseguimos visitar três comunidades por dia. Este ano o meu trabalho vai estar mais focado internamente no lar feminino e no lar masculino. Ajudar a organizar as tarefas e a organizar a vida dentro do lar. Apoiar as crianças a estudarem e ajudar a dar competências e levar outro tipo de atividades em parceria com o município de Baião, com atividades que se fazem aqui em Baião. Tentarmos que sejam feitas também em Mueria e trabalhar essas facetas ao mesmo tempo para tentar dar competências e tentar dar um bocadinho mais de literacia às crianças que estão dentro do lar”.

Confessou que têm intuito de criar a primeira biblioteca em Mueria, visto que apenas tem um pequeno apontamento de biblioteca afeto à escola secundária, que é claramente insuficiente e que gostavam de ver nascer uma biblioteca.

“Daí ter, em tom de brincadeira, nascido entre os meus amigos, uma vontade de enviar livros infantis e jogos didáticos para lá, para a criação dessa biblioteca. Isto atingiu proporções que não eram esperadas. Tivemos a parceria da Câmara e da biblioteca municipal, que irá fazer uma seleção dos livros infantis que têm e que não são necessários ou porque estão duplicados ou porque têm uma pequena anomalia e irão dispensá-los também para Mueria”, salientou.

“O agrupamento de escolas de Vale de Ovil, associou-se também ao movimento e isto atingiu uma proporção que nós não estávamos de todo preparados. Hoje tivemos um benemérito do concelho que nos agilizou um contentor para podermos colocar todos estes materiais em Moçambique. É realmente fundamental existir uma biblioteca se queremos focar na educação e no ensino”, concluiu, Liliana Geada.

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