Linha do Douro encerra por cinco meses a partir de 3 de novembro

Na sequência da confirmação da renovação da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e Peso da Régua, recentemente consignada pela Infraestruturas de Portugal (IP), está previsto o encerramento total deste troço a partir do dia 3 de novembro de 2025.

As obras, consideradas de grande amplitude, prolongar-se-ão até 2 de abril de 2026, correspondendo à primeira de duas interdições totais necessárias para completar a modernização integral da linha. A segunda interrupção deverá ocorrer aproximadamente um ano depois, na mesma altura.

Durante esta fase, os passageiros serão transportados de comboio entre o Porto e Marco de Canaveses, onde será efetuado transbordo rodoviário para as restantes estações até à Régua.

Entre a Régua e o Pocinho, a circulação ferroviária manter-se-á normal, sendo assegurada por locomotivas da série 1400 e carruagens convencionais, solução que facilita a manutenção regular dos comboios na oficina do Corgo, junto à Régua.

A empreitada inclui a instalação de novos sistemas de sinalização eletrónica, controlo automático de velocidade e a eletrificação do troço, o que implicará intervenções significativas em túneis e estruturas para permitir o gabarito necessário à colocação das catenárias — a principal razão que justifica o encerramento temporário.

Apesar das melhorias tecnológicas e de segurança, não se esperam aumentos significativos de velocidade, uma vez que o traçado sinuoso da linha permanecerá essencialmente inalterado.

A Infraestruturas de Portugal garante que o encerramento temporário será acompanhado por meios humanos e técnicos adequados, de forma a maximizar o aproveitamento do período de interdição e evitar atrasos, como os verificados em outras intervenções ferroviárias, nomeadamente na Linha da Beira Alta.

Com o arranque desta obra, prevê-se também um alívio na operação da CP, libertando algumas unidades automotoras que poderão ser reafectadas a outros serviços, como o Celta Porto–Vigo e a Linha do Oeste.