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O Comércio de Baião

2023/03/31

SERRA DA ABOBOREIRA CLASSIFICADA COMO PAISAGEM PROTEGIDA REGIONAL

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O estatuto da Serra da Aboboreira como Paisagem Protegida Regional foi aprovado, por unanimidade, em reunião do Conselho Diretivo da Associação de Municípios do Douro e Tâmega (AMDT) e Conselho Intermunicipal, dando por terminado um processo com mais de três décadas.   A classificação definitiva fica agora a aguardar a publicação em Diário da República. A reunião decorreu em Baião, nos Paços do Concelho, na quinta-feira, e antecedeu um seminário que juntou várias entidades em torno do tema Serra da Aboboreira, entre elas o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino. O seminário decorreu no Auditório Municipal de Baião, sob o tema “Gestão Ativa do Património Natural da Serra da Aboboreira”. Abriram a sessão os presidentes das Câmaras Municipais de Amarante, Baião e Marco de Canaveses. Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, referiu que “o ato de formalização da Área de Paisagem Protegida Regional da Serra da Aboboreira é o ponto de partida ou um importante ponto intermédio na valorização da serra e das gentes de um vasto território que têm o privilégio de a ter”. “Esta serra, que marca as paisagens dos municípios de Amarante, Baião e Marco de Canaveses e molda o carácter das suas gentes, mais do que um conjunto geológico, é uma unidade morfológica de elevado valor ambiental e cultural”, acrescentou o autarca. Paulo Pereira disse, ainda, “que a riqueza do seu património cultural é complementada com um património ambiental igualmente de grande valor e variedade, pela diversidade da vegetação claramente distinta nas suas encostas”. O edil baionense enalteceu o trabalho de vários atores “preponderantes” no processo de classificação da Serra da Aboboreira, que data do ano de 1989. “O trabalho, tanto de políticos, no qual gostaria de destacar pela sua persistência e visão a pessoa do dr. José Luís Carneiro, e nele estender a todos os autarcas que pugnaram pelo projeto, como de muitos investigadores, alguns deles aqui presentes, que tanto deram para que este processo chegasse a bom termo”, sublinhou. José Luís Gaspar, presidente da Câmara Municipal de Amarante, lembrou “o parto difícil” da classificação da serra, defendendo que “agora que nasceu é preciso ajudá-la a crescer”.   “São mais de cinco mil anos de história que esta serra nos traz. É um património que pode trazer riqueza e investimentos para o território, não só da serra, mas dos municípios que a dividem”, frisou. Por seu turno, Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses e do Conselho Diretivo da Associação de Municípios do Douro e Tâmega, agradeceu a todos os intervenientes no processo, destacando que “é tempo de olhar em frente, mas também de reconhecer o que foi feito no passado”. “Este é o concretizar de um sonho com mais de três décadas. Este dia fica marcado na história da região e mais vincado na história destes três municípios”, salientou a autarca, garantindo que “este não é o fim do percurso”. “É fundamental o trabalho em comum, com os municípios, com as empresas, com os agentes locais e a população. Contámos com todos”, vincou Cristina Vieira. Seguiu-se a apresentação dos resultados da operação “Gestão Ativa do Património Natural da Serra da Aboboreira”, executado pela Associação de Municípios do Douro e Tâmega e financiado pelo NORTE 2020, com um investimento de cerca de 312.000 euros. Ricardo Magalhães, secretário geral da AMDT, apresentou aos participantes os resultados e o caminho até chegar à classificação. No seminário foi debatido, em seguida, a “Serra da Aboboreira: o futuro da nova Paisagem Protegida Regional”. Depois do debate, encerrou a sessão Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses e do Conselho Diretivo da Associação de Municípios do Douro e Tâmega, Sandra Sarmento, diretora regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte, e João Paulo Catarino, secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas. Em declarações aos jornalistas, o governante realçou a “excelente iniciativa” dos três municípios, “porque ajuda a cumprir um desígnio e um compromisso que o Governo de Portugal assumiu, tanto com a União Europeia, como com as Nações Unidas, de classificar 30% do território, tanto em terra como em mar”. “Estes 20 mil hectares da Serra da Aboboreira são um ótimo contributo”, vincou João Paulo Catarino, acrescentando, por outro lado, que “esta classificação não poder ser vista como apenas classificar. Tem de ter valores culturais, tem de ter património natural e, não há dúvida nenhuma, que aqui estão bem identificados e, obviamente, o Governo congratula-se com a decisão destes três municípios, que estão claramente a pensar com os olhos postos no futuro”. O secretário de estado deixou, ainda, o desafio para que esta área integre a Rede Nacional das Áreas Protegias, salientando que “a visão destes três autarcas é a visão de quem entende o ambiente cada vez como um ativo diferenciador”. O governante terminou, dizendo que a classificação da Serra da Aboboreira “é um passo decisivo para que as pessoas que vivem na serra possam viver com mais qualidade de vida e usufruindo desta vantagem em termos ambientais”.    

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