O Município de Baião acolheu o segundo seminário sobre a Paisagem Protegida Regional da Serra da Aboboreira, promovido pela Associação de Municípios do Douro e Tâmega (AMDT), que decorreu na Biblioteca Municipal António Mota.
Abriu a sessão o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, que abordou a importância da classificação da serra para a sua preservação natural, cultural e paisagística, bem como para a adoção de medidas coerentes para preservar ecossistemas e estimular o desenvolvimento de atividades turísticas e de lazer não nocivas.

O autarca disse, ainda, que a paisagem regional protegida da Serra da Aboboreira “é a concretização de um sonho e um momento de grande satisfação pessoal, que se alarga a outras pessoas que estiveram e estão envolvidas no processo”.
Falando sobre os sonhos, Paulo Pereira avançou que está em estudo a constituição de um geoparque, com núcleo central nas serras do Marão e Alvão, estendendo-se à Serra da Aboboreira.
O projeto, de acordo com o edil baionense, está a envolver os municípios de Baião, Marco de Canaveses, Amarante, Mondim de Basto, Régua, Mesão Frio, Vila Pouca de Aguiar e Santa Marta de Penaguião, podendo ir a Verin, na Espanha.
Seguiu-se a intervenção de João Gonçalves, da CIBIO/BIOPOLIS da Universidade do Porto, que abordou o tema “Dos satélites aos drones: a deteção remota na caracterização e monitorização do património natural”.

O primeiro painel do seminário debateu, assim, o património natural: conhecer, conservar e valorizar e ficou completo com a mesa redonda composta por João Alexandre Cabral, da CITAB/UTAD, João Gonçalves, da CIBIO/BIOPOLIS da Universidade do Porto, João Paulo Fidalgo Carvalho, da CITAB/UTAD, e Augusto Barbosa, da Associação dos Amigos do Rio Ovelha. Moderou o debate João Honrado, da CIBIO/BIOPOLIS da Universidade do Minho.
Antes do segundo painel arrancar foi exibido um vídeo da Serra da Aboboreira, mostrando o potencial da serra, a biodiversidade, os conjuntos megalíticos e as pessoas que nela habitam.
O segundo painel foi dedicado ao tema “do património natural ao capital natural: recursos, serviços e riscos.

Realizou a conferência introdutória Joana Nogueira, da ESA/IPVC & PROMETHEUS, seguindo-se a mesa redonda composta por Ana Sofia Vaz, da CIBIO/BIOPOLIS da Universidade do Porto, Ângela Lomba, da CIBIO/BIOPOLIS da Universidade do Porto, Joana Nogueira, da ESA/IPVC & PROMOTHEUS, e Pedro Alves, da Associação Florestal de Entre Douro e Tâmega. O painel foi moderado por Joaquim Alonso, da ESA/IPVC & CIBIO/ BIOPOLIS da Universidade do Porto.

Depois do debate, que juntou mais de oito dezenas de pessoas na Biblioteca, encerrou o seminário Nuno Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses.
O primeiro seminário decorreu em Amarante e o último vai decorrer, no dia 23 de fevereiro, em Marco de Canaveses, no Emergente Centro Cultural, com o tema “Paisagem Protegida Regional da Serra da Aboboreira: Património cultural e paisagístico”.
