2024/02/23
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Fósforos, cola e uma pinça aliados à arte e engenho são os condimentos principais que José Pinto, de Ancede, precisa para dar forma aos seus trabalhos que, orgulhosamente, mostra ao jornal “O Comércio de Baião”.
Com 75 anos e reformado de trolha, José encontrou na arte de trabalhar os fósforos um passatempo, que lhe permite estar ocupado e fazer peças únicas, com a perfeição de um verdadeiro artista.
“Comecei isto por minha cabeça. Estava sozinho e decidi ter um entretimento, então peguei numas madeiras e nos fósforos e assim comecei a fazer”, contou.
Começou há cerca de seis anos a trabalhar naquela arte e, das suas mãos, já saíram a capela da Senhora das Boas Novas de Lordelo, em Ancede, uma mobília de quarto e um nicho para a Nossa Senhora de Fátima.
Objetos que lhe demoraram meses a fazer, como a capela da Senhora das Boas Novas, que demorou um ano e o nicho para a Nossa Senhora de Fátima, que demorou nove meses, mas que fazem brilhar os olhos do artesão.
A mobília de quarto ofereceu-a à neta, mas já tem em mãos um novo pedido de mobília e mais uma capela.
Utente do Centro de Dia da Ober, José aproveita o tempo para ir dando forma às suas peças, mas admite que “a arte cansa a cabeça, porque é preciso estar bem atento para que os fósforos fiquem direitos”. “Se não estiverem como eu quero, vou lá e tiro e volto a colocar”, salientou José Pinto.