2024/03/01
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O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) pelo círculo eleitoral do Porto às eleições de 10 de março, Miguel Guimarães, visitou hoje o concelho de Baião.
Acompanhado pelos candidatos a deputados pela AD do concelho de Baião, Ana Raquel Azevedo e José Pereira, Miguel Guimarães iniciou a vista no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Baião, onde foi recebido por Rui Aguiar, diretor clínico para a área dos Cuidados de Saúde Primários do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa.
No SAP, a comitiva, da qual fizerem ainda parte dos vereadores do PSD de Câmara Municipal de Baião, Paulo Portela e Célia Azevedo, bem como outros membros da AD, Miguel Guimarães ouviu algumas das dificuldades de funcionamento daquela estrutura, nomeadamente, a colocação de médicos.
Também hoje, o serviço não tinha médico, um constrangimento que o candidato teve a oportunidade de testemunhar, com pessoas a terem de se deslocar a outros serviços de urgência.
Miguel Guimarães começou por realçar o trabalho que tem sido feito pela Ana Raquel e toda a sua equipa tem feito no concelho, “que não é um concelho fácil”.
“É um dos concelhos mais distantes do distrito do Porto, que está no interior e isso tem muitos pontos negativos porque, infelizmente, quem nos tem governado tem desprezado as zonas mais periféricas e, sobretudo, as zonas do interior. Não tem havido uma política de incentivos para que as pessoas se possam fixar”, referiu o candidato.
Sobre o Centro de Saúde de Baião, Miguel Guimarães, que é médico de profissão, indicou que “é uma unidade que tem boas condições físicas, mas que tem um SAP que não consegue trabalhar regularmente, porque não tem médico”.
“Os recursos humanos são escassos e começa a haver pessoas sem médico de família. É uma das situações mais críticas do Norte do país e que tem de ser corrigida rapidamente”, sublinhou o candidato, defendendo que “o Hospital de Amarante tem de ser totalmente ativado e o Hospital Padre Américo, em Penafiel, terá de ser aumentado para dar resposta ao número de pessoas, que são cerca de 500 mil, que ali acorrem”.
A comitiva seguiu, depois, para o Posto Territorial da GNR de Baião, onde foi recebida pelo comandante de posto, José Alves, e pelo comandante do Destacamento Territorial de Amarante, Luís Alves, realizando uma visita às instalações.
No final, o comandante José Alves elencou algumas dificuldades do posto, nomeadamente em termos de efetivos, “sendo que os atuais 28 não são suficientes, as viaturas, que também não garantem um bom serviço à comunidade e as instalações, que necessitam de obras”.
José Alves abordou, ainda, “os constrangimentos logísticos impostos pela administração central, que obrigam os efetivos a percorrer dezenas de quilómetros para assuntos que se poderiam resolver no concelho, como é exemplo o pagamento de multas de estacionamento que tem de ser depositado numa dependência bancária que não existe em Baião”.
Miguel Guimarães anuiu que “as instalações não dignificam o trabalho dos militares”, defendo “instalações razoáveis para exercerem as funções de forma digna”.
O candidato falou, também, da falta de recursos humanos nas forças de segurança, abordando a reclamação que tem sido feita pela falta de incentivos, que foram dados à Polícia Judiciária e ao Serviço de Informações de Segurança (SIS) e que não foram dados às outras forças de segurança.
“É uma situação dramática, na qual tecnicamente eles têm razão, porque têm a mesma formação na área da investigação e têm um nível de risco semelhante à PJ e ao SIS”.
“Até hoje não consegui entender porque é que o senhor primeiro-ministro atribuiu um incentivo à PJ e ao SIS e não o deu às outras forças de segurança. Isto é um problema grave, porque alastra, porque depois não é só a PSP e a GNR, são também os bombeiros, que é uma força muito importante no país, e são também os militares. Temos um problema grave que vai ter de ser resolvido pelo próximo primeiro-ministro”, defendeu Miguel Guimarães.