2023/11/03
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“Trabalhei nesta área 37 anos”, contou, recordando que “em 1988 a gelataria mudou de loja e ainda hoje funciona no mesmo local”.
“Mais tarde, comprei a passagem do estabelecimento e fiquei 15 anos como dono”. Ficou até ao dia em que a vida lhe pregou uma rasteira. Aos 39 anos foi diagnosticado com a Doença de Parkinson. A doença veio trocar-lhe as voltas, mas não trocou a vontade e a força de continuar a trabalhar naquilo que sempre gostou.
Foi operado e desde então a doença não tem sido impeditiva de fazer a sua rotina diária e se aplicar no que melhor sabe saber: atender e servir as pessoas.
Por conselho médico, trabalha quatro a cinco horas por dia e, atualmente, apenas a fala é que faz perceber que a doença existe.
Aos 57 anos, o Queirós é ajudante assíduo do restaurante Tappas Lalas, no centro da vila de Baião. Serve os clientes e prepara, com aprumo, as famosas cubas, que foram criadas com a ajuda do falecido Abel Ribeiro.
“Não havia cá em Baião o Bacardi e como ele ia muitas vezes a Espanha trazia. Depois fui experimentando, ver as medidas certas e as quantidades”, disse.
As cubas ganharam fãs no tempo do Queirós na gelataria e ainda hoje são procuradas por muitas pessoas, quer de Baião, quer de concelhos vizinhos.
Alexandre Queirós chegou mesmo a fazer cubas em garrafões de cinco litros para os baionenses levarem para as festas. “Depois era só acrescentar o gelo e o limão”, salientou.
Famosas, e com todo o mérito, as cubas são hoje um atrativo do Tappas Lalas e fazem brilhar os olhos de quem as faz que, com grande modéstia, revela que não há segredo na receita.
“Há dedicação, amor e muita vontade de continuar a ser útil na sociedade”, garante Manuela Pereira, do Tappas Lalas, que não esconde o orgulho de ter no seu espaço o Queirós e de contribuir para que tenha uma vida melhor.