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O Comércio de Baião

2023/11/03

BAIÃO: ALEXANDRE QUEIRÓS DEDICOU A VIDA À ÁREA DA CAFETARIA E NEM A DOENÇA O IMPEDE DE FAZER O QUE MAIS GOSTA

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Chama-se Alexandre Fernando de Sousa Queirós, mas é pelo apelido que os baionenses e amigos o conhecem e o tratam quando se cruzam pelas ruas da vila de Baião.   O “Queirós do Carioca” e das cubas com sabor ímpar nasceu em Campelo e foi aos 16 anos que começou uma vida dedicada à cafetaria no centro de Baião. Trabalhou no “Patrãozinho”, um bar onde hoje é a Casa do Benfica, “muito jeitoso para a época”, recordou Alexandre Queirós, numa conversa com o jornal “O Comércio de Baião”. “Dali fui para a gelataria, que começou por funcionar no mesmo prédio onde hoje funciona, mas numa loja mais junto à paragem do autocarro. Abriu pelas mãos do senhor Gomes, o brasileiro, que depois a passou ao Toninho e eu fui para lá trabalhar, tinha 16 anos”, contou. Alexandre Queirós, dono de uma memória e raciocínio invejáveis, recorda as datas e sabe bem os meses que marcaram as mudanças na sua vida, uma vida dedicada ao trabalho na gelataria. “Trabalhei nesta área 37 anos”, contou, recordando que “em 1988 a gelataria mudou de loja e ainda hoje funciona no mesmo local”. “Mais tarde, comprei a passagem do estabelecimento e fiquei 15 anos como dono”. Ficou até ao dia em que a vida lhe pregou uma rasteira. Aos 39 anos foi diagnosticado com a Doença de Parkinson. A doença veio trocar-lhe as voltas, mas não trocou a vontade e a força de continuar a trabalhar naquilo que sempre gostou. Foi operado e desde então a doença não tem sido impeditiva de fazer a sua rotina diária e se aplicar no que melhor sabe saber: atender e servir as pessoas. Por conselho médico, trabalha quatro a cinco horas por dia e, atualmente, apenas a fala é que faz perceber que a doença existe. Aos 57 anos, o Queirós é ajudante assíduo do restaurante Tappas Lalas, no centro da vila de Baião. Serve os clientes e prepara, com aprumo, as famosas cubas, que foram criadas com a ajuda do falecido Abel Ribeiro. “Não havia cá em Baião o Bacardi e como ele ia muitas vezes a Espanha trazia. Depois fui experimentando, ver as medidas certas e as quantidades”, disse. As cubas ganharam fãs no tempo do Queirós na gelataria e ainda hoje são procuradas por muitas pessoas, quer de Baião, quer de concelhos vizinhos. Alexandre Queirós chegou mesmo a fazer cubas em garrafões de cinco litros para os baionenses levarem para as festas. “Depois era só acrescentar o gelo e o limão”, salientou. Famosas, e com todo o mérito, as cubas são hoje um atrativo do Tappas Lalas e fazem brilhar os olhos de quem as faz que, com grande modéstia, revela que não há segredo na receita. “Há dedicação, amor e muita vontade de continuar a ser útil na sociedade”, garante Manuela Pereira, do Tappas Lalas, que não esconde o orgulho de ter no seu espaço o Queirós e de contribuir para que tenha uma vida melhor.

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