Catarina Almada gravou um vídeoclip do seu novo tema musical «O colar da nossa vida» na Freguesia Santa Leocádia, com a qual a cantora tem fortes ligações.
Isto porque a sua família materna, Carneiro Pinto e Sousa Machado, já tem raízes em Santa Leocádia há várias gerações. Atualmente uma das casas é da própria Catarina, casa essa, onde foi filmado o Vídeoclip. “É uma região que me diz muito e trago sempre boas memórias. Este videoclipe comove-me também por ter sido filmado onde foi. Ganha um significado acrescido e familiar”, acrescenta a cantora.
Interpelada sobre o motivo de escolher este local para a gravação do vídeoclip, afirmou “Além da história da música ser muito passada na freguesia, a casa onde foi filmada era dos verdadeiros protagonistas (A Maria e o João), logo, fez natural e verdadeiro sentido que fosse filmada nesse encanto de freguesia. Na altura, quando a freguesia quis um terreno para construir a sua Sede, foi a minha família que cedeu o terreno para a sua construção. Durante a guerra os meus antepassados ajudavam as famílias mais carenciadas, fazendo cabazes de comida e as pessoas iam buscar todas as quartas-feiras. Sempre foi uma família de boas ações, tanto para a freguesia, como para Baião, por tal sempre foi muito acarinhada por todos”.
Lembramos que a tia da Catarina, irmã da sua Bisavó, Maria Luísa Carneiro Pinto escreveu vários livros e um deles, o mais célebre, intitula-se “Por terras de Baião”.
Ao nosso jornal a talentosa cantora, revelou que conquistou os corações do público com a sua participação, no programa Ídolos, em 2012, onde foi finalista, ficando em 7.º lugar. Disse também que está pronta para encantar o mundo, novamente, com o lançamento do seu primeiro projeto de estreia, “Era uma vez…e voou!”.
Conhecida pela sua habilidade em contar histórias através da música, Catarina, é contagiante em tudo o que faz “Entrego-me de corpo e alma a cada canção, seja no estúdio ou no palco”, salientou.
Num percurso de autodescoberta, viajou entre o Fado, o Jazz e o Pop, encontrando em José Cid, o seu parceiro ideal como produtor musical do seu primeiro álbum, que apresenta, uma coleção diversificada de músicas que agarram a essência da experiência humana.
O primeiro single, ‘Looping’, leva-nos numa viagem divertida e destruidora aos cânones da sociedade, narrando o desejo de uma mulher por uma vida repleta de aventuras e romance nas alturas. Esta canção, inicialmente concebida para as Doce, nos anos 80, encontrou na Catarina a interprete ideal.
O “Colar da Nossa Vida”, a sua primeira composição, já com um magnífico videoclipe, segundo a cantora “mergulha nas profundezas das memórias familiares, celebrando cinco gerações de amor e felicidade. Esta canção é um testemunho da riqueza cultural e emocional que permeia todo o álbum”, lembra Catarina.
Depois do programa Ídolos, Catarina confessou, que teve a necessidade de aprofundar de onde vem a sua veia artística “Quem sou eu, musicalmente e o porque deste chamamento. Nessa altura comecei a fazer perguntas e as respostas apareciam «sabes que o bisavô João, escrevia e tocava guitarra portuguesa», «sabes que a bisavó Maria, ainda escrevia melhor», «vou-te mostrar a quadra original do pedido de casamento: esta singela argolinha/ significa uma união/prende a tua mão á minha/e o meu ao teu coração»” (faz parte do refrão). Catarina ficou encantada com a descoberta, mas não ficou por ali. Continuou na procura, querendo saber mais e encontra a quadra que o João fez, anos depois, num desejo profundo no seu matrimónio com Maria “Deu-lhe um colar de pérolas e disse «e cada ano que passar/pela doce guarida/seja uma pérola a juntar/ao colar da nossa vida”, descobriu assim o que tanto almejava.
Catarina é a autora da letra, contando com a produção musical feita conjuntamente com, José Cid, foi uma homenagem que Catarina Almada fez à história de amor dos seus avós, que se desenrolou em terras Baionenses, mais concretamente, na Casa das Quartas, em Santa Leocádia/ Baião.
Começa a escrever e a cantarolar esta arrebatadora história de amor, incluindo as duas quadras originais dos bisavós. Um testemunho de uma vida matrimonial, bem portuguesa, passada entre os anos 20 e os anos 60/70.
Acrescentamos que muitos baionenses já viram e ouviram a Catarina Almada, o ano passado, na Vila de Santa Marinha do Zêzere, quando atuou na Revolução Grisalha, a convite de José Cid.
Pensa lançar este ano em Baião o seu álbum “era uma vez…e voou” num concerto em data ainda a designar.
Uma verdadeira empresária, com uma carreira com mais de 12 anos, Catarina cresce, escreve, compõe e decide criar um álbum de Mulher.
Encontra assim as suas “Desalmadas” para formar a sua banda, composta por 5 mulheres empoderadas, em pleno, com toda a garra, energia, emoção e muita diversão, prontas para agarrar o palco.
Gravado no estúdio analógico do José Cid, ‘Era uma vez…e voou’ é uma ode à nostalgia e à autenticidade, distanciando-se da produção digital predominante na indústria musical atual. Com o apoio do fundo cultural da SPA, este álbum promete levar os ouvintes a uma jornada cinematográfica transgeracional, repleta de amor, verdade, esperança e alegria.
Tal como o Cid faz, e é um incontornável na Cultura de excelência musical, Catarina, descreve o álbum como uma obra original e portuguesa, com influências que vão desde o pop até ao jazz, funk e rock.
“É para fazer mexer as águas, encantar multidões e envolver o público em momentos de pura diversão e emoção”, refere entusiasmada.
Ouvimos ainda, Luís Pereira, presidente da junta de freguesia, que referiu ao nosso jornal “É sempre bom saber que a nossa freguesia foi escolhida para a gravação deste vídeo clip, sobretudo para homenagear uma bela história de amor, com raízes na Casa das Quartas, localizada nesta freguesia”.
A cantora é Portuense de gema, mas cedo foi viver para Lisboa, onde durante 8 anos, passeou pela música, foi apresentada ao fado e apaixonou-se perdidamente. Mais tarde regressou ao Porto, com a missão de trazer ao norte e ao mundo as suas vivências e o seu fado.
Em Lisboa, teve o prazer de cantar em diferentes sítios, como por exemplo a Casa da Mariquinhas, a Mesa de Frades, sempre acompanhada com os músicos mais reconhecidos deste meio artístico, com quem, segundo a artista, aprendeu imenso e por quem tem um enorme carinho.
Catarina contou-nos que, um grande amigo, Mico da Câmara Pereira, deu-lhe força e palco. José Cid também a convidou para participar num concerto – Acid Jazz – em que cantaram “Cheek to Cheek”.