2024/08/02
A baionense, Francisca da Conceição, nasceu a 15 de julho de 1924. Quis o destino que nunca casasse e, enquanto pode, serviu numa casa durante anos. Aos 60, foi para o Lar de S. Bartolomeu da Santa Casa da Misericórdia de Baião, praticamente desde a sua abertura, já lá vão 40 anos, onde é conhecida e tratada, carinhosamente, por “Chiquinha”.
Integrou-se bem, na Instituição que a acolheu e sempre ajudou os seus colegas naquilo que lhe pediam.
Esta centenária nasceu na freguesia de Mesquinhata, no lugar das Alminhas/S. Tiago, Baião, numa família composta pelos pais e onze irmãos, todos eles já falecidos, restando os seus descendentes, sobrinhos da “Chiquinha”, que são umas dezenas deles.
Foram estes que no passado domingo, dia 21 de julho se juntaram e festejaram o centésimo aniversário da tia, no restaurante Primavera, na Vila de Baião.
“Como o dia 15 foi na segunda-feira, dia de trabalho, combinamos e festejamos-lhe o aniversário hoje. Oferecemos-lhe uma cesta com 100 rosas brancas, e esta festinha, que ela bem merece, somos muito amigos dela e estamos muito contentes”, afirmou uma das sobrinhas.
Bastante lúcida a “Chiquinha”, apesar das maleitas que agora a afetam, principalmente a vista, a diabetes, e as pernas, foi capaz de dizer o nome dela, dos pais, António Barros e Emília da Conceição de Jesus e recordou “Servi em casa do meu tio Zé e a mulher chamava-se Ana, eu dava-me muito bem com ela. Depois vim quando a casa (lar) abriu, são muito meus amigos, o Dr. Duarte e todas as pessoas que lá trabalham, estimam-me muito, estou lá muito bem e sou bem tratada. Enquanto podia ajudei a cuidar dos outros”, referiu a aniversariante, contente e muito feliz.
Os sobrinhos cantaram-lhe os parabéns e, duma assentada, a centenária apagou as velas que indicavam um século de existência.
Os familiares fizeram questão de deixar uma palavra de agradecimento ao restaurante “Primavera”, afirmando terem sido muito bem servidos e tratados por todos.