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O Comércio de Baião

2023/11/05

FAMOSO MÚSICO ALEMÃO DEIXOU A GRANDE CIDADE PARA SE INSTALAR EM BAIÃO

Atualidade Destaque Última Hora

Bernd Friedman trocou a arte pela música alternativa e o Porto pelo lugar do Poço Negro, em Ancede, no concelho de Baião.   Por uma estrada de difícil acesso, com uma calçada romana pelo meio, fomos encontrar o músico, “que não sabe escrever música”, mas que tem inspirado músicos pelo mundo inteiro. Numa casa renovada e feita à medida das duas necessidades, Bernd Friedman recebeu-nos com um café e uns biscoitos, gentilmente oferecidos pelo vizinho e amigo Carlos Vieira, também ele um forasteiro que escolheu Baião para o descanso de fim de semana. Não os podemos criticar, pois as vistas para o rio Douro, pela zona da Pala, contrastam em tudo com o nome do lugar, que nada tem de negro. Voltando ao músico, nascido em Coburg e criado em Kassel, na Alemanha, licenciou-se em artes, mas é a música que o completa e faz dele um nome conhecido pelo mundo. Com 13 anos já gravava música com os amigos e com o irmão, recorrendo a instrumentos musicais improvisados. O despertar para a música deu-se quando estudava artes e a partir do final da década de 80 dedicou-se inteiramente à música. Afinal a arte não está assim tão distante da música e dos ritmos que Bernd faz soar para o mundo, hoje em dia acompanhado pelo português João Pais Filipe. Com um português ainda a amadurecer, mas um inglês consolidado, o músico, especialista na percussão, fala do seu percurso de vida e da paz e calma que encontrou no Poço Negro. “No final de tudo, é o melhor sítio que eu podia ter encontrado”, disse. Viu Baião uma única vez, através do rio, e encantou-se com a zona. Adquiriu a propriedade através de uma baionense que vende num mercado do Porto. É de bicicleta que calcorreia os caminhos que o levam até à estação de Mosteiro e de Mosteiro até ao Poço Negro, quando precisa viajar. A sua música sai da alma, do coração e quando questionado sobre como a faz, a resposta é simples: “temos de perceber o que é que a música quer e não o que é que o compositor quer”. Inspirado por Jaki Liebezeit, autor de um novo sistema de movimento de braços na percussão, assente num sistema binário, há cerca de 20 anos que Bernd faz a sua música, hoje mais para si próprio e para os amigos. Ao Poço Negro dedicou já uma música, que diz que é uma homenagem aos vizinhos e aos baionenses. Acima de tudo é uma inspiração no mundo da música, na produção e divulgação da música instantânea, “onde tudo é possível”, garante.

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