2025/09/16
A Guarda Nacional Republicana (GNR) iniciou esta terça-feira, 16 de setembro, a operação “Dionísio”, uma ação de fiscalização e recolha de informação que decorre até 31 de outubro em todo o território continental, com especial incidência nas fronteiras terrestres e junto dos operadores do setor vitivinícola.
O objetivo passa por prevenir e detetar a introdução ilegal de vinho no mercado português, garantindo o regular funcionamento do setor e a tranquilidade dos operadores.
Portugal, habitualmente deficitário em termos de produção, importa há mais de 30 anos vinho a granel de Espanha, operação que ocorre de forma legal quando identificada como produto espanhol ou da União Europeia. O problema, segundo a GNR, surge quando esse vinho é introduzido de forma irregular em cisternas ou cubas e posteriormente misturado com vinhos portugueses com Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP).
Durante a época de vindimas e até à data limite da Declaração de Colheita e Produção, a 30 de novembro, a entrada de mostos e vinhos a granel aumenta significativamente, elevando o risco de práticas fraudulentas.
A operação resulta de protocolos de cooperação estabelecidos entre a GNR, o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), que reforçam a articulação e o apoio mútuo no combate a práticas ilícitas no setor.
As ações vão decorrer em todo o país, mas com especial atenção às fronteiras e aos entrepostos vitivinícolas.