2025/02/04
A Câmara Municipal de Baião adquiriu recentemente um terreno no Monte de Tuaraz, situado na Freguesia do Gove, com uma área de aproximadamente 24 mil metros quadrados.
Neste local será construído um ponto de água para apoio a meios aéreos e terrestres no combate a incêndios rurais, que ficará também preparado para regar toda a área adquirida.
A necessidade de construção deste ponto de água estava já identificada no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios 2021-2030 e no Plano Sub-Regional de Gestão Integrada de Fogos Rurais do Tâmega e Sousa, este último atualmente em fase de aprovação.
A infraestrutura será edificada de acordo com as especificações técnicas definidas no Despacho n.º 5711/2014, de 30 de abril, apresentando uma dimensão de 8 metros de comprimento por 8 metros de largura e uma profundidade de 3 metros, resultando numa capacidade total de armazenamento de 192 metros cúbicos de água.
O concelho de Baião dispõe atualmente de oito pontos de água instalados em locais estratégicos, inscritos no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, permitindo o abastecimento de meios aéreos de asa rotativa (helicópteros). Estas infraestruturas florestais desempenham um papel crucial na resposta ao combate a incêndios rurais, garantindo maior rapidez na ação dos meios aéreos e contribuindo para a contenção eficaz das chamas.
Além da construção do ponto de água, o terreno adquirido será também alvo de dois projetos-piloto. Um deles para a introdução da Giesta-piorneira (Genista florida L.), espécie tradicionalmente utilizada na cestaria artesanal de Frende. Devido à escassez deste material vegetal na região de Baião, os artesãos locais têm sido forçados a recolhê-lo na Serra do Montemuro (Resende, Cinfães e Castro Daire). A criação de um talhão experimental permitirá avaliar a viabilidade da produção local desta espécie, contribuindo para a valorização das tradições e do património cultural baionense. O outro, no domínio da silvopastorícia, permitirá integrar, de forma experimental, uma abordagem alternativa, no que concerne à gestão da vegetação, numa lógica de mosaico de parcelas de gestão de combustíveis em locais estratégicos.